Meimei
Biografia de Meimei
Título: Meimei...
Enviado por: filhodobino em 11 de Abril de 2011, 13:44 MEIMEI (Irma de Castro
Rocha)
(*22/10/1922 - +01/10/1946)
RESUMO BIOGRÁFICO:
Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários
livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras
do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe"
etc... e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar
quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de
resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir
a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças. Meimei nasceu em 22 de outubro
de 1922, na cidade de Mateus Leme - MG e transferiu residência para Belo
Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22
anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou
apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, no dia 01 de Outubro
de 1946, na cidade de Belo Horizonte-MG, por complicações generalizadas devidas
a uma nefrite crônica.
A Origem da Doença
Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua
região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a
apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas
glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu
corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro
complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e
craniana.
O Sofrimento
Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo
progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo
que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os
últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina,
sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido,
Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.
O Desencarne
Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram,
apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue
pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas,
no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a
apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada
no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
Surge Chico Xavier
Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha,
profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita,
descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico
Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até
aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito
rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele
momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido:
"Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio
de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria,
foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você
guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara,
Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!"
E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo
Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar
dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma
Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10),
que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma
Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave
Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.
Enfim, para concluir, resta apenas dizer que "Meimei" era um apelido carinhoso que
o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um
Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa
forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.
(Meimei - expressão chinesa que significa "amor puro")
Materialização de Meimei
"Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo
que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se
iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma
lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala
iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua
luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e,
elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo
cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me,
cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de
um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçála
e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela
acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser.
Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua
tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos
com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno
fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para
você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"
Texto de Arnaldo Rocha. Trecho do livro "Chico Xavier - Mandato de Amor". União
Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992.
Pesquisa realizada pela aluna Fabiola Bitu - 44ª EAE - Casa de Timoteo - São Bernardo do Campo
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