quinta-feira, 15 de agosto de 2013

AULA: 51 - Interpretação do Sermão do Monte I



EAE – AULA: 51
INTERPRETAÇÃO DO SERMÃO DO MONTE I

MATEUS: V. 17. Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas: não os vim destruir, mas cumprir. - 18. Porque em verdade vos digo que, enquanto o céu e a terra não passarem, nem um só iota, nem um só ápice da lei passarão, sem que esteja cumprido. - 19. Assim, aquele que violar qualquer destes menores mandamentos e ensinar os homens a violá-los será chamado o menor no reino dos céus; ao passo que aquele que os guardar e ensinar será chamado grande no reino dos céus.


Aquele que violar um qualquer, mesmo dos menores, mandamentos da lei, que toda se resume no amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo; que implica a observância do Decálogo, a prática do amor para com todos, em toda parte e sempre, esse será o ultimo no reino dos céus. Quer dizer que esse, depois de sofrer a expiação na erratici-dade, reencarnará conforme ao grau de culpabilidade, na Terra ou em outros planetas inferiores, a fim de reparar as faltas e progredir.
Aquele, porém, que fizer e ensinar o que a lei manda será chamado "grande no reino dos céus", isto é, se elevará, na medida do seu adiantamento moral, do progresso que houver realizado, aos planetas superiores, engrandecendo-se sempre pela humildade, pela ciência, pela caridade e pelo amor.
Aquele que recebeu o encargo de ensinar e não pratica o que ensina é culpado, não só do mal que fez, como também do mal que causou pela contradição entre seus atos e suas palavras.
Espíritas, não façais como os chefes das antigas sinagogas, como os escribas e fariseus de outrora, como os de hoje. Sereis muito culpados, pois que recebestes a luz para clarear os vossos e os passos dos vossos irmãos.
Deveis antes de tudo pregar pelo exemplo. Esta a única pregação que produz bons frutos. Lembrai-vos das palavras do Cristo: "Eles vos colocam sobre os ombros pesado fardo, no qual não consentiriam em tocar sequer com a ponta do dedo". Se quiserdes marchar segundo as leis do Senhor e chegar a ele, acompanhados gloriosamente por todos quantos houverdes resgatado, começai por tomar sobre os ombros o fardo que impondes aos outros; mostrai-lhes o meio de o tornarem leve e podereis então obrigá-los a que o carreguem. Tudo se reduz a isto: pregar sempre pelo exemplo, como Jesus pregava. Pregai, pois, assim; que as vossas palavras nunca deixem de ser a conseqüência das vossas ações.


EAE - Aula: 50 - Interpretação do Sermão do Monte I


Mateus - Capítulo V

Esse Capitulo é chamado: “O Sermão da Monte (Montanha)”

 

 

 

1 - E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;

2 - E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

3 - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;

4 - Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;

5 - Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;

6 - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;

7 - Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;

8 - Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;

9 - Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

10 = Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;

11 - Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.

12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

13 - Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15 - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

17 - Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.

18 - Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.

19 - Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.

20 - Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.

21 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

22- Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco será réu do fogo do inferno.

23 - Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

24 - Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.

25 - Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.

26 - Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.

27 - Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.

28 - Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.

29 - Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

30 - E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

31 - Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.

32 - Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.

33 - Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos ao Senhor.

34 - Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;

35 - Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;

36 - Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.

37 - Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.

38 - Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.

39 - Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;

40 - E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;

41 - E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.

42 - Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.

43 - Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.

44 - Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;

45 - Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

46 - Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?

47 - E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?

48 - Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.





ùùù


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aula: 36 - O Sermão do Monte


EAE – AULA: 36
O SERMÃO DO MONTE

Sintese do Sermão do Monte e do Sermão profético (Evagelho de Mateus)

5:3 – Homens simples que não tem malicia
5:5 – Volta-se a viver na terra pela reencarnação.
5:13 – O sal da terra: os mundos criados por Deus são feitos para serem habitados; daí sua pluralidade. Os homens ruins são afastados em dadas épocas.
5:14 – As centelhas divinas são luminosas e devem ser postas a brilhar no mundo como glórias da criação de Deus.
5:17 – Os missionarios divinos se sucedem, confirmando e completando uns o trabalho dos antecessores.
5:18 – As leis de Deus são eternas e serão todas cumpridas.
5:21 – É proibido matar seja o que for.
5:22 – Amigo ou inimigo não importa, o amor deve ser dado a todos.
5:39 – Humildade pacifica.
5:40 – Tolerancia
6:6 – Orar diretamente a deus em oculto.
6:20 – Prevalencia da vida espiritual.
6:24 – decidir por livre arbitrio e seguir a Deus e não ao mundo.
6:25 – Deus da o que precisamos, sendo justo, como da aos vegetais e animais.
7:12 – O que queremos para nós, devemos dar aos outros.
7:22 – há julgamentos finais periodicos.
7:23 – Unidade de Doutrina – único Mestre, o Cristo; unidade de criaturas: todos os homens irmãos.
24:7 – Sintomas e sinais do fim.
24:14 – A disseminação do Evangelho é o fim.
24:21/22 – Grandes sofrimentos e abreviações para salvar os bons.
24:29 – Fenomenos no ceu e na terra e no mar, ninguem sabe o dia; muitos serão levados e muitos deixados.
24:44 – Jesus será o julgador, todos devem se preparar.
25:29-30 – Utilizar e multiplicar os bens de deus com inteligencia, razão e agir por livre arbitrio.
25:34 – Separação dos bons e dos maus.
25:64 – Jesus é o Cristo
(Na Semeadura I – 237)

Jesus e a lei de Moisés: Se por intermédio de Moisés o mundo recebeu a lei moral (os Dez Mandamentos) transmitidos pelo Alto, por Jesus recebeu uma verdade maior, como já podia, então, receber.
A lei chamada de Mosés divide-se em duas partes: uma com os tres primeiros mandamentos, referindo-se as ligações dos homens com o Criador; e outra com os sete mandamentos restantes, referindo-se as relações dos homens entre si.
Jesus referendou essa lei e ampliou-a com a unidade em Deus e a fraternidade entre os homens; ensinou tambem as regras essenciais de espiritualização, no Sermão do Monte, resumidas no mandamento maior, do amor a Deus e aos semelhantes. Fora destes preceitos não pode haver redenção, seja qual for a lei considerada. (Na Semeadura I- 181)

L.E. 816 - As provas de riqueza e de miséria - O rico e a caridade


As provas de riqueza e de miséria

816. Estando o rico sujeito a maiores tentações, também não dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem?

Mas, é justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. Com a riqueza, suas necessidades aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si unicamente.”
A. K.: A alta posição do homem neste mundo e o ter autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias como a desgraça, porque, quanto mais rico e poderoso é ele, tanto mais obrigações tem que cumprir e tanto mais abundantes são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder. A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso foi que Jesus disse: “Em verdade vos digo que mais fácil é passar um camelo por um fundo de agulha do que entrar um rico no reino dos céus.” (266)



O RICO E A CARIDADE
O rico certamente tem melhores chances de prestar serviços ao próximo, de fazer a mais bela caridade que se possa praticar, que é aquela de oportunizar ao pobre a ganhar o seu sustento, para viver feliz com a sua família. No entanto, é o que não faz a maior parte dos ricos; uns são obrigados a fazê-lo porque dependem do trabalho daqueles, e não multiplicam seus bens sem os braços dos chamados miseráveis.
Com a riqueza, as suas necessidades materiais crescem e eles gastam o que não deveriam em viagens pouco úteis a lugares que os atraem, inspirados na vaidade e mesmo no orgulho. Assim, vão embrutecendo cada vez mais seu sentimento de caridade, que deveria ser exercitado com aqueles que os ajudam a ganhar a fortuna. Enquanto gastam milhões em jornadas para conhecer outros povos, seus assalariados passam fome, frio e, por vezes, não têm teto, nem os

seus filhos têm escolas. É certo que muitos vieram com a provação da pobreza, mas o que é desperdiçado poderia amenizar seus sofrimentos.
Quando o rico se lembra da caridade, ele exige, muitas vezes, tanta coisa das pessoas e das casas de caridade, que esfriam esse sentimento no coração. Não sabe o rico que a riqueza e a alta posição que ela traz é porta para o despenhadeiro das imundícies morais, o incentivo para a negação de tributos e o endurecimento do coração para com a sociedade submissa, que o ajuda a viver na fartura.
O mau rico nunca quer saber das coisas espirituais. Acha que o dinheiro faz tudo e oferta, por vezes, alguma coisa para as instituições religiosas, como porta para a salvação, sem saber que não é por esse meio que se salva e, sim, pela caridade que não desfigura o amor. Somente pode se salvar, se aplicar a auto-disciplina, reformando os velhos sentimentos das paixões inferiores, quando apagar o orgulho e o egoísmo, quando a renúncia atingir seu coração, de modo a levá-lo a administrar seus bens sem ser apegado a eles.
Jesus, o dono de tudo, o dirigente do planeta, disse: "O filho do homem não tem uma pedra para reclinar a cabeça". O rico do mundo tem em suas mãos inúmeros meios de fazer o bem, mas faz, quase sempre, o mal com o ouro que possui.
A riqueza e o poder podem dar origem a todo o tipo de paixões inferiores, desvirtuando os mais elevados sentimentos. Ricos, deveríeis falar qual Francisco de Assis, ante a lembrança do Cristo:
- "Senhor, que quereis que eu faça?" Em seguida, abrir os ouvidos para escutar a resposta do Mestre e passar a viver o que Ele diz no Evangelho da vida; fazer a caridade e praticar o amor, aquele que emana de Deus, nosso Pai.
Se é difícil um rico entrar no reino do céu, o pobre não tem facilidade também, porque a todos os dois falta maturidade espiritual. Somente conhecendo a verdade pode-se ser livre, de modo que a consciência fique imperturbável para sempre. E para conhecermos o Espírito livre, Lucas registrou a fala do Mestre, no capítulo doze, versículo vinte e nove:

Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber, e não vos entregueis a inquietações.

Miramez

L.E. 815 - As provas de riqueza e de miséria - A mais Terrivel


As provas de riqueza e de miséria

815. Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da desgraça ou a da riqueza?

São-no tanto uma quanto outra. A miséria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.”


A MAIS TERRÍVEL
Não existem provas piores nem melhores; elas são paralelas às necessidades do aprendiz. Deus não põe fardo pesado em ombros frágeis, isto nos diz o Evangelho de Nosso Senhor. A cruz que se carrega na vida, foi estruturada, medida e pesada, para que se possa caminhar com coragem. As reclamações são mostras de Espírito fraco, que ainda não recolheu a experiência necessária nas lutas terrenas.
As mensagens do além que descem sem cessar para os homens, mostram os deveres de cada criatura ante os compromissos assumidos. Na consciência se encontra o registro do que se compromete com Deus, e Ele, o Soberano Senhor, conhece e tem paciência com Seus filhos. Mas, Ele não retira dos seus caminhos os professores que os possam educar e instruir. Tanto a riqueza quanto a pobreza têm o mesmo peso, em se somando suas dificuldades e sua força de corrigir as criaturas.
Uns lamentam, outros desprezam as oportunidades valiosas, que deverão reconhecer depois do túmulo. No entanto, não se pode dizer que o pobre é o bem-aventurado: isso depende do seu comportamento na vida com a prova da miséria. Não se pode dizer que o rico é o que goza do bem-estar, que Deus o premiou com os bens terrenos. Todos estão na mesma faixa de provas e podem ou não sair-se bem delas, dependendo do grau já alcançado na escala da evolução espiritual. Não devemos julgar, mas podemos analisar em silêncio e tirar dessas deduções experiências para o nosso caminho.
Sofreremos muito mais, se já conhecemos as leis de Deus e não vivemos de acordo com elas. Se o Evangelho de Jesus já está em nossas mãos e em nossa consciência, não percamos a oportunidade de

vivê-lo, pelo menos de começar essa vivência. Com o tempo, passaremos a gozar das delícias de urna consciência em paz.
Novamente, vamos lembrar Lucas, no capítulo doze, versículo quarenta e sete:
Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu Senhor e não se aprontou, nem fez conforme a Sua vontade, será punido com muitos açoites.
Conhecer é muito bom, mas traz para todos nós responsabilidades maiores, porque, conhecendo e nos fazendo de esquecidos, seremos açoitados pelas provas, qual o boi que sai do seu carreiro: o vaqueiro sabe corrigi-lo, e a lei de condicionamento faz lembrar ao mesmo animal, quando pensar em afastar do rebanho, o ferrão do condutor. Assim acontece com os seres humanos.

As provas são variáveis, e nos parece que não existe maior nem menor; todas são iguais, de acordo com as necessidades do aprendiz em questão. Se a miséria provoca as queixas, as riquezas impulsionam para os excessos de todas as ordens. O pobre geralmente deseja ser rico, e o rico, quando no mundo espiritual, deseja ser pobre na sua volta para o mundo físico. Qual dos dois está certo? São lições diferentes, diplomas necessários aos homens, que somente o recebem pelo processo das vidas sucessivas. Tal é a lei.

Miramez

L.E. 814 - As provas de riqueza e de miséria - Riqueza e Miseria


As provas de riqueza e de miséria

814. Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria?

Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência.”


RIQUEZA E MISÉRIA
Deus testa Seus filhos de várias maneiras: a uns dá a riqueza e, conseqüentemente, poderes; a outros, miséria, e junto a ela a escravidão de todas as ordens. Quem não compreende as leis, como a da reencarnação, acha que Deus é injusto, ou então, para não ofendê-Lo, fala sem conhecimento de causa que o Senhor sabe o que faz. Todas as duas versões do fato são incorretas e sem sabedoria.
Estudando a reencarnação e o progresso dos Espíritos, notar-se-á que o rico de hoje pode ser o pobre de amanhã e vice-versa. Riqueza e miséria são extremos da vida, extremos esses mutáveis. Um pode ocupar o lugar do outro, em se buscando experiências, enriquecendo os celeiros do conhecimento para futura paz de consciência. Em muitos casos, essas provas de riqueza e miséria foram escolhidas pelos próprios Espíritos, por sentirem necessidade do aprendizado.
Ninguém deve ser culpado por nada que acontece; tudo foi feito para a elevação das almas, para o despertamento dos dons enraizados nos corações. A evolução das almas é diferente, mas elas são iguais em sua origem. Vejamos os corpos: comparemos o do rico com o do pobre, do ignorante com o do estadista. Eles têm a mesma forma, a mesma composição, os mesmos órgãos; respiram o mesmo ar, bebem da mesma água e vivem todos se aquecendo com o mesmo sol e andando sobre a mesma Terra. Ainda mais, todos têm como pai o mesmo Deus. As diferenças são ilusórias e breves, que o tempo desmancha quando achar conveniente. Aos ricos, nós podemos dizer que usem bem as suas riquezas e não deixem que o orgulho nem o egoísmo comandem

suas faculdades de pensar e sentir. Eles devem pensar na miséria dos outros, pedindo sempre a Deus que os inspire para não acumularem riquezas que não sirvam para o bem-estar coletivo. Ao pobre, dizemos que viva mais resignado com o que tem e que confie mais em Deus, que nunca abandona Seus filhos. Ele deve lembrar sempre das bem-aventuranças. Jesus está sempre no meio dos que sofrem e não abandona os escorraçados pela justiça dos homens.Os ricos que sucumbem com freqüência não perdem as experiências; algo fica guardado nos escaninhos da alma, para se completar no amanhã. Assim também acontece com os pobres. As reencarnações têm essa função de escola para todas as criaturas na face da Terra. Tudo na vida muda de vez em quando de roupagem, pela forma do progresso, pela força do amor de Deus, cujas leis são justas.
Anotemos o que registrou Lucas, no capítulo quatorze, versículo nove:
Vindo aquele que te convidou e também a ele te diga: Dá o lugar a este. Então, irás envergonhado, ocupar o último lugar.
Quem não faz o seu dever direito, volta a fazê-lo, com um aprendizado diferente. A quem reencarna como rico, em berço de ouro, e não sabe desempenhar bem o seu papel, a reencarnação pode levar para o último lugar na escala das provas, até aprender a humildade e o amor, mesmo como rico. A Doutrina dos Espíritos, pelos processos mediúnicos, deixa bem visível, tanto para o rico como para o pobre, as suas tarefas, diferentes, porém, com os mesmos objetivos.

A função da reencarnação é despertar os valores espirituais e morais das criaturas, levando-os aqui e ali, por ação das leis naturais criadas por Deus. Pensemos nisto, estudemos e trabalhemos honestamente, que as inspirações dos Céus jamais nos faltarão.

MIIRAMEZ