sexta-feira, 23 de março de 2012

EAE:8 - INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE REFORMA ÍNTIMA

O que é, o que se espera e como se realiza a reforma intima

É muito conhecida a idéia da necessidade da promoção da reforma íntima. Ela é considerada o instrumento que leva o ser humanizado à elevação espiritual. Mas, como podemos compreender e principalmente realizar a reforma íntima?

Para poder se conhecer  algum processo é preciso três procedimentos. Primeiro, saber o que é que se está fazendo; segundo, conhecer qual o objetivo a ser alcançado; terceiro, conhecer o método para realizar o que é proposto.

Então vamos aplicar estes três procedimentos à reforma íntima para conhecê-la melhor.
O que é reforma íntima?
Como o próprio nome diz, trata-se de uma reforma do interior do objeto a ser reformado. Sendo neste caso o objeto a ser reformado o próprio ser humanizado, podemos dizer que promover a reforma íntima é mudar o interior de este ser. Qual o interior do ser humanizado? O seu mundo mental e sentimental...
A partir disso, podemos compreender que a reforma íntima nada mais é do que uma reformulação que cada ser humanizado precisa fazer no seu mundo mental e sentimental.
Sendo assim, salta os olhos que o processo de reforma íntima não passa pelo mundo externo, ou seja, pelas ações que o ser humanizado vivencia como agente ou receptor dela. Se assim fosse, seria uma reforma externa e não íntima...
O que se espera da reforma íntima, ou o que se busca com ela?
Como escrevemos acima, reforma íntima é o processo pelo qual o ser humanizado pode alcançar a elevação espiritual. Mas, o que é elevação espiritual? Para entendermos isto vamos recorrer ao Espírito da Verdade (OLE - pergunta 115).

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade”.

Se o espírito ao alcançar a perfeição (a elevação espiritual) encontra a pura e eterna felicidade, podemos afirmar sem medo de errar que o ser elevado é aquele que é feliz. Mas não se trata de uma felicidade corriqueira como a conhecida pelos seres humanizados, mas da pura e eterna felicidade. O que quer dizer isso?

A felicidade conhecida pelos seres humanizados não é pura nem eterna. Ela é um estado de espírito que decorre quando os seus interesses individuais, que são sempre fundamentados no egoísmo, são atendidos e que tem uma duração efêmera, ou seja, existe apenas enquanto são satisfeitos os interesses individuais do ser humanizado.

A felicidade que surge quando o ser atinge a perfeição é pura, ou seja, não maculada pela vontade individual. Ou seja, ela existe não importando se os acontecimentos estão de acordo com os anseios individuais de cada ser. Ela existe independente do querer de cada um ser atendido ou não.

A felicidade que o ser que alcança a perfeição sente é eterna, ou seja, jamais se extingue. Ou seja, ela não existe apenas em determinados momentos, mas está sempre presente na existência do ser elevado.

Conhecido, então, o objetivo a ser alcançado com a reforma íntima, podemos dizer que
o processo de reforma íntima se caracteriza por uma reforma no íntimo (mental e sentimental) de cada ser humanizado que tem como objetivo alcançar a pura e eterna felicidade...
Qual o trabalho a ser realizado para se promover a reforma  íntima?
Entendido o que é reforma íntima e qual o objetivo a ser alcançado através dela, podemos, então, compreender o trabalho que precisa ser feito para que ela tenha sucesso: cada ser humanizado reformar o seu íntimo (mental e sentimental) para que ele vivencie a felicidade.
Como se faz isso?

Primeiro: alterando tudo que causa sofrimento...
Se o objetivo a ser alcançado é a felicidade e se o sofrimento é antagônico a ela, temos que eliminá-lo. Para isso, é preciso libertar-se de tudo aquilo que no mental ou sentimental denote sofrimento: pena, raiva, ódio, pensamentos negativos, medos, etc.

Segundo: alterando tudo que causa a felicidade egoísta e temporária...
Se a felicidade do ser elevado é pura e eterna – esta felicidade foi chamada pelo Cristo de Bem-Aventurança – é preciso que no seu processo de reforma também se altere tanto no mental como no sentimental aquilo que conduza à felicidade egoísta e temporária: prazer, felicidade condicionada, certo, bonito, limpo, etc.

Agora juntando tudo podemos por fim ter uma definição do que seja a reforma intima:

Reforma íntima é o processo que o ser humanizado utiliza para alcançar a felicidade pura e eterna. Ele consiste na mudança do mundo mental e sentimental, libertando-se das criações deste mundo que levam o ser à vivência do sofrimento ou da felicidade egoísta e temporária.

Por: Anton Kiudero

FRATERNIDADES DO ESPAÇO

Desde os anos 1940, os grupos chamados Fraternidades do Espaço vêm atuando mais claramente em nosso planeta, a partir de planos espirituais elevados, procurando ajudar a humanidade e preparando a Terra para a evolução que virá.
Por Gilberto Schoereder  (A partir de textos e entrevistas de Rosana Felipozzi, colaboradora da revista Espiritismo & Ciência)
O que são as Fraternidades do Espaço sobre as quais os espíritas tanto falam? Para alguns pesquisadores e estudiosos do esoterismo e do misticismo mais ligado à chamada Nova Era, pode existir pouca diferença entre essas fraternidades e os mestres ascensionados – os seres espiritualmente elevados que compõem os diferentes grupos têm em comum sua atuação junto à humanidade, sempre com o objetivo bem claro de proporcionar a melhoria da vida no planeta.
   Isso vale mais no aspecto da elevação das condições espirituais existentes na Terra. Para os espíritas, por exemplo, a Terra é um planeta de “provas e expiação”, passando para um estágio superior, de “planeta de regeneração”. Muitos dos que canalizam mensagens dos mestres ascensionados também dizem que a Terra está passando para um estágio espiritualmente mais elevado, e as mensagens dos mestres confirmam isso. Já nos anos 1960, antes da Nova Era se instalar de vez na sociedade norte-americana (e, de lá, para o mundo), falava-se da Era de Aquário, que estava chegando para mudar a forma como vivemos e organizamos nossa sociedade e nossas relações.
É interessante notar, também, que alguns nomes que surgem nas Fraternidades também são constantes entre as atividades dos mestres ascensionados, com destaque bem claro para Hilarion, dirigente da Fraternidade dos Essênios e também citado como um dos principais mestres ascensionados. Mais uma vez, os detalhes das atividades podem ser diferentes, mas a base dos ensinamentos e, especialmente, das obras que pretendem realizar em nosso planeta, é praticamente a mesma.
Para uns, as semelhanças são maiores do que as diferenças. Para os espíritas, os laços fraternos entre os encarnados são formados da mesma forma que entre os desencarnados ou espíritos, ou seja, através do tempo, do amor, do conhecimento, do respeito, da compreensão, da dedicação e, supõe-se, de objetivos em comum. Assim, a união de forças em torno de um mesmo ideal fraterno pode formar irmandades ou fraternidades no plano espiritual.
Martha Gallego Thomaz, mais conhecida como Vó Martha, fundadora do Grupo Noel Rosa, é uma das maiores conhecedoras do assunto no meio espírita. Segundo ela explica, em 1939 o Comandante Edgar Armond assumiu a Federação Espírita do Estado de São Paulo. Em 1941, numa reunião dele com alguns médiuns, manifestou-se o espírito de um rapaz vestido de branco que chamou a si mesmo de Hélio. Foi com esse espírito que, no dia seguinte, numa reunião solicitada por ele e com a presença de Vó Martha, deu-se início aos contatos e trabalhos com as Fraternidades do Espaço.
“A primeira que apareceu”, conta Vó Martha, “foi a fraternidade de Ismael, chamada de Fraternidade dos Cruzados, que tem a responsabilidade de proteger o Brasil”. Martha Gallego diz que a Fraternidade do Santo Sepulcro também esteve entre as primeiras a se apresentar, com os espíritos Britânico, Lusitano e Lorenense, que tinham como missão servir como intermediários entre Ismael e o comandante Armond.
Ao se referir às fraternidades, o próprio Edgar Armond disse que elas não eram mitos, entidades sobrenaturais ou superstições do fanatismo religioso, mas grupos coesos e conscientizados de trabalhadores. Segundo ele, as batalhas entre a luz e as trevas já envolvem o planeta nos dias finais do ciclo evolutivo, e os seres das fraternidades se organizam para vencer e assegurar o domínio do amor e da paz.
Nas palavras do comandante, “na evolução através dos reinos da natureza as mônadas, ao penetrarem no reino humano, com seu psiquismo em início de formação, unem-se formando comunidades mais ou menos numerosas; e para cada um desses agrupamentos existem espíritos protetores que recebem diferentes classificações, como sejam: espírito de grupo familiar – ‘espírito protetor da tribo’ – da nação, da raça...” Ele dizia ainda que, por muitos anos, as Fraternidades ofereceram ajuda na execução das tarefas espirituais em nosso plano, “e o elo mais forte e dominante dessa cooperação é sempre o interesse pelo bem comum...”
Os que estão ligados de alguma forma aos mestres ascensionados sempre dizem que, antes de se unir e relacionar a qualquer grupo de estudo, pesquisa ou contatos canalizados, é bom conhecer mais sobre os mestres e as mensagens que estão sendo veiculadas pelo grupo em questão. Armond falava mais ou menos o mesmo ao se referir às Fraternidades. Segundo ele, antes de nos vincularmos a elas, é importante primeiro conhecê-las com maiores detalhes, com informações sobre origens, especializações de trabalho e capacidade operacional, entendendo que, dessa forma, o entendimento não será unicamente teórico, abstrato, mas direto, confiante e efetivo.
Vó Martha diz que Ismael dirige a Fraternidade dos Cruzados. Ela explica que a origem das fraternidades pode ser encontrada no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (FEB), psicografia de Chico Xavier, pelo espírito Humberto de Campos. “Quando o Brasil foi descoberto”, ela explica, “Jesus confiou a Ismael a proteção do país, e isso é descrito no livro, no qual também há um diálogo em que Ismael pergunta a Jesus como ele iria proteger um país tão grande. Jesus recomendou que ele procurasse os grupos de diversos países que trabalhavam em seu nome e os reunisse. Ismael procurou esses grupos para que se congregassem na ajuda pelo desenvolvimento do Brasil. Os grupos de trabalho foram se transformando em fraternidades”.
O conceito de que nosso mundo é composto por várias camadas, níveis dimensionais ou espirituais, é comum a inúmeras religiões e doutrinas ao longo do tempo. Hoje em dia, até mesmo alguns cientistas desenvolvem conceitos especulativos a respeito das diferentes dimensões que, de uma forma ou de outra, existem “em torno” da Terra. Em determinadas circunstâncias, seria possível acessar essas camadas e estabelecer comunicação com seus habitantes.
Martha Gallego fala de algo semelhante ao se referir aos níveis de atuação das fraternidades. “Podemos dizer”, ela esclarece, “que o mundo é como uma cebola. Nós somos o miolo, e cada casca da cebola é uma esfera. O Instituto de Confraternização Universal está na terceira dimensão, ou terceira camada. Na primeira camada está o que os espíritos chamam de Pronto-Socorro. Cada grupo espírita aqui na Terra tem seu correspondente no mundo espiritual. O Instituto de Confraternização Universal abrange toda São Paulo, é uma cruz sob a cidade. Eu e um companheiro de trabalho chamado Eros fomos pesquisar e descobrimos que em cada ponto dessa cruz há uma escola de aprendizes, ou melhor, em cada região da cidade de São Paulo”.
Eduardo Miyashiro, da Aliança Espírita Evangélica – coordenador de relações institucionais e trabalhador do Centro Espírita Aprendizes do Evangelho, no centro de São Paulo – lembra que evangelizar e ensinar o ideal fraterno foram as primeiras solicitações das Fraternidades ao comandante Armond. “Por evangelização”, ele diz, “entendemos uma mudança no ser humano, segundo um parâmetro diferente, que é o do Evangelho. Até então, durante milhares de anos, o ser humano se baseou no parâmetro da sobrevivência, do seu interesse egoístico, e a idéia era trocar esse parâmetro pelo exemplo de vivência do Cristo”.
Foi por isso que, em 1950, Edgar Armond deu início à Escola de Aprendizes do Evangelho. E, no início dos anos 1960, quando a sociedade brasileira passava por momentos complicados, houve a proposta de se fazer vibrações diárias das quais poderia participar quem quisesse, no local em que estivesse no momento. Cláudio Cravcenco, diretor secretário da Aliança, diz que esse tipo de trabalho de vibração foi reativado pela Aliança recentemente. E, independentemente dessas vibrações, os 270 centros espíritas ligados à Aliança realizam reuniões todas as quintas-feiras, para que se forme uma corrente vibratória de força coletiva.
De certa forma, essa atividade tem relação com o que os esotéricos e ocultistas chamam de egrégora, ou algo que se pode definir como sendo a soma das energias mentais ou espirituais das pessoas que formam um determinado grupo, seja de oração, seja de pensamento e desejos concentrados num objetivo específico.
No caso da Aliança, a reunião começa com uma prece e concentração, passando para as vibrações específicas e gerais. Eduardo Miyashiro diz que os grupos que têm maior disponibilidade reservam os últimos minutos para ouvir uma manifestação do plano espiritual. Normalmente, é nesse momento que se dá o contato com as Fraternidades, e que, segundo Eduardo, ocorre com freqüência. “Nas nossas preces de elevação nas casas espíritas, durante as reuniões que ocorrem, fazemos ligação com as Fraternidades. Sempre nos conectamos com a Fraternidade dos Humildes, do Trevo, mencionamos todas aquelas de que nos lembramos no momento da prece. E, realmente, nós nos sentimos ligados a elas”.
Apesar de algumas Fraternidades terem diminuído sua atuação desde os anos 1960, elas continuam a se manifestar. No dia em que foi entrevistada pela revista Espiritismo & Ciência, por exemplo, Vó Martha, tinha saído de uma reunião em que apareceu o espírito Razin, dirigente da Fraternidade do Trevo. Ela aproveitou e contou a história de Razin aos participantes da reunião. Essa fraternidade e seu dirigente são vistos como sendo de importância crucial no trabalho de recuperação vibratória do planeta. Foi Razin quem inspirou Armond a iniciar a escola de aprendizes do evangelho, que tinha como modelo a escola dos essênios. “As pessoas encarnadas que queriam entrar para a Fraternidade dos Essênios”, diz Martha Gallego, “precisavam fazer um curso para aprender as leis de Deus. Depois que essas pessoas as aprendiam, deveriam também aprender a se conhecer. Só assim passariam a servir, a ajudar. Depois de aprender a ajudar com o coração, esses aprendizes tornavam-se ‘terapeutas’”.
Eduardo Miyashiro diz que as Fraternidades são uma demonstração clara de que o mundo espiritual é muito organizado para expandir o bem. “Expandir o bem não se faz só com boa vontade; são necessários organização, disciplina, programa, compromisso, metas traçadas etc. E o que são as Fraternidades? São equipes elevadas do Plano Espiritual, orientadas a tarefas específicas. Enquanto uma cuida dos suicidas, a outra vai inspirar os oradores, a cura, as vibrações. Isso tudo se faz com bastante esforço, dedicação. A boa vontade é um ingrediente importante, mas não é o único. E as Fraternidades nos ensinam muito isso”.

As Fraternidades do EspaçoVeja a seguir algumas Fraternidades e seus dirigentes (segundo os livros História das Fraternidades e O Instituto de Confraternização Universal).
Fraternidade dos Cruzados: dirigente, Ismael.
Fraternidade do Santo Sepulcro: dirigente, O Britânico (Espírito Ricardo Coração de Leão). Obs.: No início, essa Fraternidade contou com 12 Espíritos intermediários entre Ismael e o Comandante Armond. Depois, passou a três Espíritos intermediários e, atualmente, conta com apenas um dirigente, O Britânico.
Fraternidade dos Humildes: dirigente, dr. Bezerra de Menezes. Obs.: Bezerra fez-se orientador dos trabalhos de cura, trazendo consigo um numeroso grupo de trabalhadores.
Fraternidade dos Essênios: dirigente, Hilarion.
Fraternidade dos Egípcios: dirigente, Sêmulo.
Fraternidade dos Hindus: 1º agrupamento dirigido por Krishna; 2º agrupamento
dirigido por Gandhi.
Fraternidade do Cálice: dirigente, Maria Madalena.
Fraternidade da Rosa Mística: dirigente, Maria de Nazaré.
Fraternidade Filhos do Deserto: dirigente, Swami Hia.
Fraternidade da China: dirigente, Ling Fo.
Fraternidade do México: dirigente, Frei Rogério de Lima.
Fraternidade do Tibete: dirigente, Chang Foi Lang.
Fraternidade Legião de Joana d’Arc: dirigente, Joana d’Arc.
Fraternidade dos Ismaelitas: dirigente, Fagundes Varela.
Fraternidade Lei Áurea: sob orientação de Ismael, reúne vários Espíritos como: José do Patrocínio, Cruz e Souza, Comandante Tamandaré, Duque de Caxias e outros. Obs.: Trabalham pela libertação daqueles que, mesmo livres do corpo físico, continuam escravizados pela revolta.

domingo, 11 de março de 2012

Historia do Conde de St. Germain

O Conde de St. Germain (Transilvânia, 28 de Maio de 1696Eckernförde (?), 27 de fevereiro de 1784) foi uma das figuras mais misteriosas do século XVIII. Tido como místico, alquimista, ourives, lapidador de diamantes, cortesão, aventureiro, cientista, músico e compositor. Após a data de sua morte (de precisão incerta), várias organizações místicas o adotaram como figura modelo. Segundo relatos antigos, era imortal e possuía o elixir da juventude e a pedra filosofal.

Vida
O fato de nunca ter revelado sua verdadeira identidade levou a muitas especulações a respeito de sua origem. Entre elas, uma especulação aponta que o conde seria filho de Francis II Rákóczi, o príncipe da Transilvânia que, na época, estava exilado; outra divagação diz que seria filho ilegítimo de Marie-Ann de Neubourg, viúva de Carlos II da Espanha, com um certo conde Adanero, que ela conhecera em Bayonne, no sudoeste de França. O Conde de St. Germain teria estudado na Itália, possivelmente como protegido do Grão-Duque Gian Gastone (o último descendente dos Médici).
As primeiras aparições registradas do Conde de St. Germain deram-se em 1743, em Londres, e em 1745, em Edimburgo, onde ele foi aparentemente preso, acusado de espionagem. Solto, logo adquiriu a fama de ser um virtuose no violino. Tinha hábitos ascéticos e celibatários. Durante esse tempo, conheceu Jean-Jacques Rousseau, que declarou ser a pessoa do Conde "a mais fascinante e enigmática personalidade que já conhecera". Desapareceu subitamente em 1746. Horace Walpole, que conheceu St. Germain em Londres, em 1745, o descreveu: "Ele canta, toca o violino maravilhosamente, compõe, mas é louco e falta-lhe sensibilidade".
Reapareceu em Versalhes, no ano de 1758. Dizia-se ourives e lapidador, bem como trabalhava com tingimentos de tecidos que nunca desbotavam, por terem uma fórmula secreta. Hospedou-se em Chambord, sob a proteção do rei Luís XV, de quem havia angariado a confiança, e também de sua amante, Madame de Pompadour. Nessa época, distribuiu diamantes como presentes, entre a corte, e ganhou a reputação de ter séculos de idade. Nos salões da corte, um mímico, denominado Gower, começou a imitar os maneirismos do Conde, dizendo ter conhecido Jesus Cristo. Em 1760, ele deixou a França, indo para a Inglaterra, cujo Ministro de Estado, duque de Choiseul, tentou prendê-lo.
Depois desses fatos, esteve nos Países Baixos e em São Petersburgo, na Rússia, quando o exército russo colocou Catarina, a Grande no trono. Mais tarde, a destituição do imperador com a substituição por Catarina seria atribuída a uma conspiração do Conde.
No ano seguinte, foi para a Bélgica, onde comprou terras com o nome de Conde de Surmount. Tentou oferecer sua técnica de tratamento de madeira e couro ao Estado. Durante as negociações, que resultaram em nada, na presença do primeiro-ministro Karl Cobenzl, ele transformou ferro em algo com a aparência do ouro. Depois desapareceu por onze anos, para reaparecer em 1774, na Baviera, sob o nome de Conde Tsarogy.
Em 1776 o conde ainda se encontrava na Alemanha com o título de Conde Welldone, ainda oferecendo receitas de cosméticos, vinhos, licores e vários elixires. Impressionou os emissários do rei Frederico com sua capacidade de transmutação de simples metais em ouro. Para Frederico, ele se apresentou como maçom.
Posteriormente, o Conde de St. Germain estabeleceu-se na residência do príncipe Karl de Hesse-Kassel, governador de Schleswig-Holstein, e lá pesquisou a fitoterapia, elaborando remédios para dar aos pobres. Para o príncipe, ele se apresentou como Francis Rákóczi II, príncipe da Transilvânia.

Morte
No ano 1779 St. Germain chegou a Altona em Schleswig, onde tornou-se amigo do príncipe Carlos de Hesse-Kassel, que forneceu materiais e subsídios para o conde realizar seus experimentos.
Em 27 de fevereiro de 1784 o conde de Saint Germain morreu na residência junto à fabrica cedida pelo príncipe Carlos de Hesse-Kassel. Sua morte foi registrado nos anais da Igreja de São Nicolau em Eckernförde[1] e sepultado no dia 2 de março [2]. No dia 3 de april a cámera e burgomestre de Eckernförde emitiu um proclama de leilão dos poucos pertences deixados pelo conde, já que nenhum parente apareceu para reclamá-los[3]
No final século XIX começaram a aparecer rumores de aparições do conde. St. Germain supostamente teria sido visto em 1835, em Paris, e em 1867, em Milão[carece de fontes?]. Adeptos da teosofia foram os proponentes da tal imortalidade do conde, clamando-o como mestre e que ainda estava vivo. Annie Besant, uma teosofista, disse ter conhecido o conde em 1896. Outro teosofista, C. W. Leadbeater, disse tê-lo encontrado em Roma, em 1926. Um piloto americano, após falha mecânica em sua aeronave em 1932, fez um pouso forçado em uma das montanhas isoladas do Tibet;e entre os monges que o trataram, relatou que havia um homem estranho que teria dito Eu sou o Conde de Saint Germain, e em breve voltarei para a França(sic). Nos anos 1970 o francês Richard Chanfray clamava ser o conte.

As lendas
Várias lendas surgiram entorno do Conde de St. Germain, as quais faltam respaldo histórico. Modernamente estas lendas são propaladas por grupos místicos-religiosos.
Dizem que certa vez[carece de fontes?], o Conde de St. Germain assombrou a corte do rei Luís XV, quando o rei reclamou para si possuir um diamante de tamanho médio que, por ter um pequeno defeito, valia apenas seis mil libras e que, se tal falha não existisse, valeria pelo menos o dobro. St. Germain solicitou a pedra e, após um mês, devolveu-a ao joalheiro real, com o mesmo peso, sem que apresentasse a mínima anomalia.
Vários relatos afirmam ter o Conde uma imagem imutável, pois sempre aparentava ter por volta de 45 anos. Madame d'Adhemar, biógrafa e dama da corte de Maria Antonieta, conheceu St. Germain, em Paris, perto de 1760 e relata, em suas memórias, datadas de 12 de maio de 1821, que havia reencontrado o Conde de St. Germain na vigília da morte do Duque de Berri, em 1815, ou seja, 55 anos após, e que incrivelmente, ele aparentava os 45 anos de sempre, não havia envelhecido. Segundo as memórias de Giacomo Casanova, o músico Rameau e Madame de Gergy juraram ter conhecido o Conde de St. Germain em Veneza, em 1710, usando o nome de Marquês de Montferrat, e tê-lo reencontrado com a imutável aparência, em 1775 (se verdade, destruiria as hipóteses de o Conde ser filho do príncipe Francis II Rákóczi ou da Madame de Neubourg).
Homem de personalidade hipnótica, frequentava a corte ocasionalmente e se tornava o centro das atenções em qualquer reunião mas, estranhamente, nunca ninguém o viu comer ou beber o que quer que seja publicamente[carece de fontes?]. A origem de sua renda também é um enigma, pois era um homem rico, detentor de várias pedras preciosas, incluindo diamantes, que gostava de presentear, uma opala, de tamanho monstruoso, e uma safira branca, tão grande quanto um ovo, e de fartura em ouro, sem que se soubesse de onde procediam. Tinha a fama de possuir o elixir da juventude e a pedra filosofal. Conta-se que ele era capaz de produzir diamantes a partir de pedras pequenas comuns. Os diamantes que decoravam seus sapatos valiam a soma considerável de duzentos mil francos. Madame du Hausset relata que, certa vez, estava na presença do Conde e da rainha Maria Antonieta enquanto ele mostrava algumas jóias a ambas; Madame du Hausset comentou brevemente sobre a beleza de uma cruz, decorada com pedras brancas e verdes; no mesmo momento, o Conde quis presenteá-la com a jóia, o que foi recusado. Por insistência da rainha, que achava ser o artefato falso, ela aceitou. Depois de algum tempo Madame du Hausset solicitou ao joalheiro real que avaliasse a cruz, constatando ser ela verdadeira e de valor inestimável.
"Um homem que sabe tudo e que nunca morre" disse Voltaire a respeito do Conde de St. Germain[carece de fontes?]. Assim era visto o Conde na época, já que frustrara várias tentativas, por parte de inúmeras pessoas, em desvendar os verdadeiros fatos sobre a sua origem. Rumores afirmam que o Conde Cagliostro era seu discípulo. O Conde também tinha o hábito de aparecer subitamente em uma roda social e depois sumir por vários anos, sem deixar traços.

Papel em sociedades místico-religiosas
Algumas sociedades místicas afirmam ter Saint Germain reencarnado várias vezes, anteriormente, sob a pele de figuras históricas como o Profeta Samuel, Santo Albano, o filósofo grego Proclo, José, pai de Jesus, o mago Merlin, o frade alquimista Roger Bacon, o fundador do Rosacrucianismo Christian Rosenkreuz, o navegador Cristóvão Colombo o político inglês Francis Bacon, tendo sido nesta encarnação o verdadeiro autor das obras atribuídas ao dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare.
Hoje em dia, segundo estes místicos, seria um dos Chohans dos Sete Raios. Os Chohans, Senhores, Diretores ou Mestres dos Sete Raios relacionados com a evolução no plano físico cósmico, trabalham em plena harmonia entre si para executarem o Plano Divino.

 Chama Violeta

Para alguns, Saint Germain é o "Mestre Ascenso do Sétimo Raio", que emana a chama violeta, e que seria a mais poderosa força espiritual atualmente presente no planeta, uma energia de desobstrução, um fogo sagrado e luz de intenso brilho que produz a queima dos carmas.
Atualmente estaríamos entrando na sétima era, a Era de Aquarius. Saint Germain seria o Senhor, Mestre e Chohan (Regente) do Sétimo Raio de Luz Cósmica, que é o raio violeta da purificação, transformação e liberdade, que atua de forma dinâmica através de sua manifestação como chama.
Como possibilitaria a redenção pessoal através da dissolução e incineração cármica, a chama violeta é também a chama da misericórdia, uma vez que é um instrumento que possibilitaria a melhora pessoal e ascensão espiritual, instrumento criado e outorgado pelo Divino, pelo emanador dos raios cósmicos — O Grande Sol Central.
No Brasil, o Avatar da Era de Ouro de Aquário tem vários grupos que divulgam seus ensinamentos. Entre eles estão a Fraternidade dos Guardiães da Chama e o Movimento da Consciência Suprema Una.

Fonte: Wikipidia

sexta-feira, 9 de março de 2012

AULA: 12 - HISTORIA DE ISRAEL E DOMINAÇÃO ESTRANGEIRA ATÉ ADRIANO

HISTORIA DE ISRAEL E DOMINAÇÃO ESTRANGEIRA ATÉ ADRIANO
Os cinco livros maiores da Bíblia encerram símbolos especiais para a educação religiosa do homem ?
R: Todos os documentos religiosos da Bíblia se identificam entre si, no todo, desde a primeira revelação com Moisés, de modo a despertar no homem as verdadeiras noções do seu dever para com os semelhantes e para com Deus. (O Consolador – 275)

A leitura do velho Testamento e do Evangelho, nos circulos familiares, como é de hábito entre muitos povos europeus, favorece a renovação dos fluidos salutares de paz na intimidade do coraçao e do ambiente doméstico ?
R: Essa leitura é sempre útil, e quando não produz a paz imediata, em vista da heterogeneidade de condições espirituais daqueles que a ouvem em conjunto, constitui sempre proveitosa sementeira evangélica, extensiva as entidades do plano invisivel, que a assistem, sendo lícito esperar mais tarde o seu florescimento e frutificação. (O Consolador - 281)

O GOVERNO DOS JUIZES E O GOVERNO DOS REIS ATÉ SALOMÃO

Os cinco livros maiores da Bíblia encerram símbolos especiais para a educação religiosa do homem ?
R: Todos os documentos religiosos da Bíblia se identificam entre si, no todo, desde a primeira revelação com Moisés, de modo a despertar no homem as verdadeiras noções do seu dever para com os semelhantes e para com Deus. (O Consolador – 275)

A leitura do velho Testamento e do Evangelho, nos circulos familiares, como é de hábito entre muitos povos europeus, favorece a renovação dos fluidos salutares de paz na intimidade do coraçao e do ambiente doméstico ?
R: Essa leitura é sempre útil, e quando não produz a paz imediata, em vista da heterogeneidade de condições espirituais daqueles que a ouvem em conjunto, constitui sempre proveitosa sementeira evangélica, extensiva as entidades do plano invisivel, que a assistem, sendo lícito esperar mais tarde o seu florescimento e frutificação. (O Consolador - 281)

AULA: 7 - MISSÃO PLANETÁRIA DE MOISÉS E O POVO HEBREU NO DESERTO

Por que razão a palavra das profecias parece dirigida invariavelmente ao povo de Israel ?
R: Em todos os textos das profecias, Israel deve ser considerada como o símbolo de toda a humanidade terrestre, sob a égide sacrossanta do Cristo. (O Consolador – 262)

Deve-se atribuir ao judaísmo missão especial, em comparação com as demais ideias religiosas do tempo antigo ?
R: Embora as elevadas concepções religiosas que floresceram na Índia e no Egito e todos os grandes ideais de conhecimento da divindade, que povoaram a antiga Àsia em todos os tempos, deve-se reconhecer no judaismo a grande missão da revelação do Deus único.
Enquanto os cultos religiosos se perdiam na divisão e na multiplicidade, somente o judaísmo foi bastante forte na energia e na unidade para cultivar o monoteísmo e estabelecer as bases da lei universalista, sob a luz da inspiração divina.
Por esse motivo, não obstante os compromissos e os débitos penosos que parecem perpetuar os seus sofrimentos, através das gerações e das pátrias humanas no doloroso curso dos séculos, o povo de Israel deve merecer o respeito e o amor de todas as comunidades da Terra, porque somente ele foi bastante grande e unido para guardar a ideia verdadeira de Deus, através dos martírios da escravidão e do deserto. (O Consolador - 263)

AULA: 6 - A CIVILIZAÇÃO DA MESOPOTAMIA

Por que razão a palavra das profecias parece dirigida invariavelmente ao povo de Israel ?
R: Em todos os textos das profecias, Israel deve ser considerada como o símbolo de toda a humanidade terrestre, sob a égide sacrossanta do Cristo. (O Consolador – 262)

Deve-se atribuir ao judaísmo missão especial, em comparação com as demais ideias religiosas do tempo antigo ?
R: Embora as elevadas concepções religiosas que floresceram na Índia e no Egito e todos os grandes ideais de conhecimento da divindade, que povoaram a antiga Àsia em todos os tempos, deve-se reconhecer no judaismo a grande missão da revelação do Deus único.
Enquanto os cultos religiosos se perdiam na divisão e na multiplicidade, somente o judaísmo foi bastante forte na energia e na unidade para cultivar o monoteísmo e estabelecer as bases da lei universalista, sob a luz da inspiração divina.
Por esse motivo, não obstante os compromissos e os débitos penosos que parecem perpetuar os seus sofrimentos, através das gerações e das pátrias humanas no doloroso curso dos séculos, o povo de Israel deve merecer o respeito e o amor de todas as comunidades da Terra, porque somente ele foi bastante grande e unido para guardar a ideia verdadeira de Deus, através dos martírios da escravidão e do deserto. (O Consolador - 263)

AULA: 3 - O NOSSO PLANETA

No princípio era o Verbo”... - Como devemos entender esta afirmativa do texto sagrado ?
O Apóstolo João ainda nos adverte que “O Verbo era Deus e estava com Deus”.
Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe terrestre era e é Jesus, identificado com a sua misericórdia e sabedoria, desde a organização primordial do Planeta.
Visivel ou oculto, o Verbo é o traço da Luz Divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento. (O Consolador - 261)

AULA: 2 - A CRIAÇÃO

No princípio era o Verbo”... - Como devemos entender esta afirmativa do texto sagrado ?
O Apóstolo João ainda nos adverte que “O Verbo era Deus e estava com Deus”.
Deus é amor e vida e a mais perfeita expressão do Verbo para o orbe terrestre era e é Jesus, identificado com a sua misericórdia e sabedoria, desde a organização primordial do Planeta.
Visivel ou oculto, o Verbo é o traço da Luz Divina em todas as coisas e em todos os seres, nas mais variadas condições do processo de aperfeiçoamento. (O Consolador - 261)

segunda-feira, 5 de março de 2012

AS FRATERNIDADES

Fraternidades do Espaço

Desde os anos 1940, os grupos chamados Fraternidades do Espaço vêm atuando mais claramente em nosso planeta, a partir de planos espirituais elevados, procurando ajudar a humanidade e preparando a Terra para a evolução que virá.
Por Gilberto Schoereder
A partir de textos e entrevistas de Rosana Felipozzi, colaboradora da revista Espiritismo & Ciência

    O que são as Fraternidades do Espaço sobre as quais os espíritas tanto falam? Para alguns pesquisadores e estudiosos do esoterismo e do misticismo mais ligado à chamada Nova Era, pode existir pouca diferença entre essas fraternidades e os mestres ascensionados – os seres espiritualmente elevados que compõem os diferentes grupos têm em comum sua atuação junto à humanidade, sempre com o objetivo bem claro de proporcionar a melhoria da vida no planeta.
Isso vale mais no aspecto da elevação das condições espirituais existentes na Terra. Para os espíritas, por exemplo, a Terra é um planeta de “provas e expiação”, passando para um estágio superior, de “planeta de regeneração”. Muitos dos que canalizam mensagens dos mestres ascensionados também dizem que a Terra está passando para um estágio espiritualmente mais elevado, e as mensagens dos mestres confirmam isso. Já nos anos 1960, antes da Nova Era se instalar de vez na sociedade norte-americana (e, de lá, para o mundo), falava-se da Era de Aquário, que estava chegando para mudar a forma como vivemos e organizamos nossa sociedade e nossas relações.
É interessante notar, também, que alguns nomes que surgem nas Fraternidades também são constantes entre as atividades dos mestres ascensionados, com destaque bem claro para Hilarion, dirigente da Fraternidade dos Essênios e também citado como um dos principais mestres ascensionados. Mais uma vez, os detalhes das atividades podem ser diferentes, mas a base dos ensinamentos e, especialmente, das obras que pretendem realizar em nosso planeta, é praticamente a mesma.
Para uns, as semelhanças são maiores do que as diferenças. Para os espíritas, os laços fraternos entre os encarnados são formados da mesma forma que entre os desencarnados ou espíritos, ou seja, através do tempo, do amor, do conhecimento, do respeito, da compreensão, da dedicação e, supõe-se, de objetivos em comum. Assim, a união de forças em torno de um mesmo ideal fraterno pode formar irmandades ou fraternidades no plano espiritual.
Martha Gallego Thomaz, mais conhecida como Vó Martha, fundadora do Grupo Noel Rosa, é uma das maiores conhecedoras do assunto no meio espírita. Segundo ela explica, em 1939 o Comandante Edgar Armond assumiu a Federação Espírita do Estado de São Paulo. Em 1941, numa reunião dele com alguns médiuns, manifestou-se o espírito de um rapaz vestido de branco que chamou a si mesmo de Hélio. Foi com esse espírito que, no dia seguinte, numa reunião solicitada por ele e com a presença de Vó Martha, deu-se início aos contatos e trabalhos com as Fraternidades do Espaço.
“A primeira que apareceu”, conta Vó Martha, “foi a fraternidade de Ismael, chamada de Fraternidade dos Cruzados, que tem a responsabilidade de proteger o Brasil”. Martha Gallego diz que a Fraternidade do Santo Sepulcro também esteve entre as primeiras a se apresentar, com os espíritos Britânico, Lusitano e Lorenense, que tinham como missão servir como intermediários entre Ismael e o comandante Armond.

Ao se referir às fraternidades, o próprio Edgar Armond disse que elas não eram mitos, entidades sobrenaturais ou superstições do fanatismo religioso, mas grupos coesos e conscientizados de trabalhadores. Segundo ele, as batalhas entre a luz e as trevas já envolvem o planeta nos dias finais do ciclo evolutivo, e os seres das fraternidades se organizam para vencer e assegurar o domínio do amor e da paz.
Nas palavras do comandante, “na evolução através dos reinos da natureza as mônadas, ao penetrarem no reino humano, com seu psiquismo em início de formação, unem-se formando comunidades mais ou menos numerosas; e para cada um desses agrupamentos existem espíritos protetores que recebem diferentes classificações, como sejam: espírito de grupo familiar – ‘espírito protetor da tribo’ – da nação, da raça...” Ele dizia ainda que, por muitos anos, as Fraternidades ofereceram ajuda na execução das tarefas espirituais em nosso plano, “e o elo mais forte e dominante dessa cooperação é sempre o interesse pelo bem comum...”
Os que estão ligados de alguma forma aos mestres ascensionados sempre dizem que, antes de se unir e relacionar a qualquer grupo de estudo, pesquisa ou contatos canalizados, é bom conhecer mais sobre os mestres e as mensagens que estão sendo veiculadas pelo grupo em questão. Armond falava mais ou menos o mesmo ao se referir às Fraternidades. Segundo ele, antes de nos vincularmos a elas, é importante primeiro conhecê-las com maiores detalhes, com informações sobre origens, especializações de trabalho e capacidade operacional, entendendo que, dessa forma, o entendimento não será unicamente teórico, abstrato, mas direto, confiante e efetivo.
Vó Martha diz que Ismael dirige a Fraternidade dos Cruzados. Ela explica que a origem das fraternidades pode ser encontrada no livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (FEB), psicografia de Chico Xavier, pelo espírito Humberto de Campos. “Quando o Brasil foi descoberto”, ela explica, “Jesus confiou a Ismael a proteção do país, e isso é descrito no livro, no qual também há um diálogo em que Ismael pergunta a Jesus como ele iria proteger um país tão grande. Jesus recomendou que ele procurasse os grupos de diversos países que trabalhavam em seu nome e os reunisse. Ismael procurou esses grupos para que se congregassem na ajuda pelo desenvolvimento do Brasil. Os grupos de trabalho foram se transformando em fraternidades”.

O conceito de que nosso mundo é composto por várias camadas, níveis dimensionais ou espirituais, é comum a inúmeras religiões e doutrinas ao longo do tempo. Hoje em dia, até mesmo alguns cientistas desenvolvem conceitos especulativos a respeito das diferentes dimensões que, de uma forma ou de outra, existem “em torno” da Terra. Em determinadas circunstâncias, seria possível acessar essas camadas e estabelecer comunicação com seus habitantes.
Martha Gallego fala de algo semelhante ao se referir aos níveis de atuação das fraternidades. “Podemos dizer”, ela esclarece, “que o mundo é como uma cebola. Nós somos o miolo, e cada casca da cebola é uma esfera. O Instituto de Confraternização Universal está na terceira dimensão, ou terceira camada. Na primeira camada está o que os espíritos chamam de Pronto-Socorro. Cada grupo espírita aqui na Terra tem seu correspondente no mundo espiritual. O Instituto de Confraternização Universal abrange toda São Paulo, é uma cruz sob a cidade. Eu e um companheiro de trabalho chamado Eros fomos pesquisar e descobrimos que em cada ponto dessa cruz há uma escola de aprendizes, ou melhor, em cada região da cidade de São Paulo”.
Eduardo Miyashiro, da Aliança Espírita Evangélica – coordenador de relações institucionais e trabalhador do Centro Espírita Aprendizes do Evangelho, no centro de São Paulo – lembra que evangelizar e ensinar o ideal fraterno foram as primeiras solicitações das Fraternidades ao comandante Armond. “Por evangelização”, ele diz, “entendemos uma mudança no ser humano, segundo um parâmetro diferente, que é o do Evangelho. Até então, durante milhares de anos, o ser humano se baseou no parâmetro da sobrevivência, do seu interesse egoístico, e a idéia era trocar esse parâmetro pelo exemplo de vivência do Cristo”.
Foi por isso que, em 1950, Edgar Armond deu início à Escola de Aprendizes do Evangelho. E, no início dos anos 1960, quando a sociedade brasileira passava por momentos complicados, houve a proposta de se fazer vibrações diárias das quais poderia participar quem quisesse, no local em que estivesse no momento. Cláudio Cravcenco, diretor secretário da Aliança, diz que esse tipo de trabalho de vibração foi reativado pela Aliança recentemente. E, independentemente dessas vibrações, os 270 centros espíritas ligados à Aliança realizam reuniões todas as quintas-feiras, para que se forme uma corrente vibratória de força coletiva.

De certa forma, essa atividade tem relação com o que os esotéricos e ocultistas chamam de egrégora, ou algo que se pode definir como sendo a soma das energias mentais ou espirituais das pessoas que formam um determinado grupo, seja de oração, seja de pensamento e desejos concentrados num objetivo específico.
No caso da Aliança, a reunião começa com uma prece e concentração, passando para as vibrações específicas e gerais. Eduardo Miyashiro diz que os grupos que têm maior disponibilidade reservam os últimos minutos para ouvir uma manifestação do plano espiritual. Normalmente, é nesse momento que se dá o contato com as Fraternidades, e que, segundo Eduardo, ocorre com freqüência. “Nas nossas preces de elevação nas casas espíritas, durante as reuniões que ocorrem, fazemos ligação com as Fraternidades. Sempre nos conectamos com a Fraternidade dos Humildes, do Trevo, mencionamos todas aquelas de que nos lembramos no momento da prece. E, realmente, nós nos sentimos ligados a elas”.
Apesar de algumas Fraternidades terem diminuído sua atuação desde os anos 1960, elas continuam a se manifestar. No dia em que foi entrevistada pela revista Espiritismo & Ciência, por exemplo, Vó Martha, tinha saído de uma reunião em que apareceu o espírito Razin, dirigente da Fraternidade do Trevo. Ela aproveitou e contou a história de Razin aos participantes da reunião. Essa fraternidade e seu dirigente são vistos como sendo de importância crucial no trabalho de recuperação vibratória do planeta. Foi Razin quem inspirou Armond a iniciar a escola de aprendizes do evangelho, que tinha como modelo a escola dos essênios. “As pessoas encarnadas que queriam entrar para a Fraternidade dos Essênios”, diz Martha Gallego, “precisavam fazer um curso para aprender as leis de Deus. Depois que essas pessoas as aprendiam, deveriam também aprender a se conhecer. Só assim passariam a servir, a ajudar. Depois de aprender a ajudar com o coração, esses aprendizes tornavam-se ‘terapeutas’”.
Eduardo Miyashiro diz que as Fraternidades são uma demonstração clara de que o mundo espiritual é muito organizado para expandir o bem. “Expandir o bem não se faz só com boa vontade; são necessários organização, disciplina, programa, compromisso, metas traçadas etc. E o que são as Fraternidades? São equipes elevadas do Plano Espiritual, orientadas a tarefas específicas. Enquanto uma cuida dos suicidas, a outra vai inspirar os oradores, a cura, as vibrações. Isso tudo se faz com bastante esforço, dedicação. A boa vontade é um ingrediente importante, mas não é o único. E as Fraternidades nos ensinam muito isso”.


As Fraternidades do EspaçoVeja a seguir algumas Fraternidades e seus dirigentes (segundo os livros História das Fraternidades e O Instituto de Confraternização Universal).
Fraternidade dos Cruzados: dirigente, Ismael.
Fraternidade do Santo Sepulcro: dirigente, O Britânico (Espírito Ricardo Coração de Leão). Obs.: No início, essa Fraternidade contou com 12 Espíritos intermediários entre Ismael e o Comandante Armond. Depois, passou a três Espíritos intermediários e, atualmente, conta com apenas um dirigente, O Britânico.
Fraternidade dos Humildes: dirigente, dr. Bezerra de Menezes. Obs.: Bezerra fez-se orientador dos trabalhos de cura, trazendo consigo um numeroso grupo de trabalhadores.
Fraternidade dos Essênios: dirigente, Hilarion.
Fraternidade dos Egípcios: dirigente, Sêmulo.
Fraternidade dos Hindus: 1º agrupamento dirigido por Krishna; 2º agrupamento
dirigido por Gandhi.
Fraternidade do Cálice: dirigente, Maria Madalena.
Fraternidade da Rosa Mística: dirigente, Maria de Nazaré.
Fraternidade Filhos do Deserto: dirigente, Swami Hia.
Fraternidade da China: dirigente, Ling Fo.
Fraternidade do México: dirigente, Frei Rogério de Lima.
Fraternidade do Tibete: dirigente, Chang Foi Lang.
Fraternidade Legião de Joana d’Arc: dirigente, Joana d’Arc.
Fraternidade dos Ismaelitas: dirigente, Fagundes Varela.
Fraternidade Lei Áurea: sob orientação de Ismael, reúne vários Espíritos como: José do Patrocínio, Cruz e Souza, Comandante Tamandaré, Duque de Caxias e outros. Obs.: Trabalham pela libertação daqueles que, mesmo livres do corpo físico, continuam escravizados pela revolta.

O QUE É O ESPIRITISMO

1 – O que é o Espiritismo?

Espiritismo é uma doutrina de caráter científico, filosófico, de conseqüências morais e religiosas, codificada por Allan Kardec nos meados do Século XIX. Trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos e das relações desses com o mundo corporal.
Como ciência prática, ele consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações; e como religião, temos de entendê-lo não como organização religiosa, mas no seu real sentido de religar a criatura ao Criador.
Sobre este tema, Emmanuel em sua genial obra “O Consolador”, nos afirma o seguinte:
“Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém a Religião é o ângulo divino que a liga ao céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina por constituir a restauração do Evangelho de Jesus Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”[1]

Por que Espiritismo?

No início da introdução de “O Livro dos Espíritos”, o Codificador nos explica porque deu este nome à doutrina que então se iniciava.
“Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras. Os vocábulos espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida. Dar-lhes outra, para aplicá-los à doutrina dos Espíritos, fora multiplicar as causas já numerosas de anfibologia. Com efeito espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos de referir-nos , os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem e o sentido radical e que, por isso mesmo apresentam a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis , deixando ao vocábulo espiritualismo a acepção que lhe é própria(...) Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou se quiserem, os espiritistas.”[2]


[1]    “O Consolador”, Introdução.
[2]    “O Livro dos Espíritos”, Introdução.

AULA:74 - CIENCIA E RELIGIÃO

Ciência e religião se divorciaram lá atrás, numa das curvas do tempo, e esta separação parecia definitiva. Allan Kardec, no Evangelho Segundo O Espiritismo, inseriu no capítulo 1º - um texto que ele deu o título: *Aliança da Ciência Com A Religião. Kardec afirma que ambas são de Deus, portanto, não podem se contradizer.
O Mestre Druida afirma ainda, que a ciência deve levar em conta a espiritualidade, e a religião, deve considerar as leis orgânicas imutáveis da matéria. Mas, como ambas se repeliam mutuamente, seria preciso algo que preenchesse o vazio que ficou entre as duas, um traço de união que as ligassem novamente, e este traço de união está no Espiritismo, no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e as suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis quanto as que regem os movimentos dos astros. O codificador afirma que toda uma revolução moral está se desenvolvendo no mundo sob a ação dos espíritos.
Logicamente, já no início do século 21 depois do Cristo, ainda existem cientistas materialistas, diríamos até, ortodoxamente materialista. Mas já temos muitos deles espiritualistas, e também espíritas. Hoje, muitos médicos além do seu arsenal de medicamentos e procedimentos terapêuticos, tem também, a prece e a fé, como elementos de curas.
Muitos médicos tem se dedicado a pesquisar o efeito da oração, e afirmam que as pessoas que freqüentam alguma igreja e se dedicam a espiritualidade, tem menos possibilidades de serem internadas e se o forem, ficam menos tempo. Já foram feitas experiências com dois grupos de pacientes graves, sendo que o grupo nº 1 recebeu preces diariamente, e o grupo nº 2, não. Depois do tempo marcado foi constatado que o grupo nº 1 teve um maior número de pacientes curados e melhorados, e poucos óbitos. O grupo nº 2 teve menos curas, mais pioras e mais óbitos.
Milagre? Não. Definitivamente não. Quando oramos formamos um campo magnético em torno de nós que nos protege e estimula as defesas do organismo. Este campo magnético pode ser dirigido, pelo pensamento, a outra pessoa a quem queremos beneficiar, e a envolve carinhosamente, promovendo também a ativação dos recursos de curas orgânicas, emocionais e espirituais da pessoa. O critério vale, também, para os espíritos desencarnados.
Obs. Allan Kardec – O Evangelho Segundo O Espiritismo – Aliança da Ciência Com A Religião – item 8.